terça-feira, 15 de março de 2011

Tsunamis


As ondas do mar geradas por eventos geológicos catastróficos em regiões oceânicas, como os sismos de forte magnitude com ruptura superficial, as erupções vulcânicas e os movimentos de massa (deslizamentos) submarinos, são actualmente designados por tsunamis.

Os tsunamis são ondas com períodos e comprimentos de onda muito grandes. As ondas geradas pelo vento, no meio do oceano, e que rebentam na costa portuguesa têm frequentemente períodos de cerca de 10 segundos e comprimentos de onda da ordem de 150m. Pelo contrário, os tsunamis têm comprimentos de onda que podem exceder 100km e períodos da ordem de 1 hora.
Devido ao seu enorme comprimento de onda, os tsunamis comportam-se sempre como ondas em propagação em águas pouco profundas. Considera-se que uma onda se propaga em águas pouco profundas quando a razão entre a profundidade e o comprimento de onda é muito pequeno.

Como em águas pouco profundas a velocidade das ondas é igual à raiz quadrada do produto da aceleração da gravidade pela profundidade, tal significa que no Atlântico ao largo de Portugal, onde as profundidades das planícies abissais é da ordem de 4 000 a 5 000 metros, a velocidade de um tsunami varia entre 700 e mais de 800 km/h (isto é, velocidade análoga à de um avião comercial).

No Pacífico os tsunamis são frequentemente gerados por sismos que ocorrem nas zonas de subducção, propagando-se por toda a bacia oceânica.
Atendendo a que a razão a que uma onda perde energia está inversamente relacionada com o comprimento de onda, os tsunamis não só se propagam a alta velocidade como também se podem propagar através de distâncias muito grandes apenas com pequenas perdas de energia.

O estudo de um tsunami é, geralmente, dividido em três fases:


  • formação da onda devido à causa inicial e propagação próximo da fonte;
  • propagação em oceano aberto (águas profundas);
  • propagação em águas costeiras (águas pouco profundas) onde, como resultado da baixa profundidade, se verifica forte deformação e empolamento da onda, culminando com a sua rebentação e espraio.

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